quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Iluminação acesa na Agamenon Magalhães em plena luz do dia





Embora não vá fazer a menor diferença no visual da cidade durante o dia, as luzes de Natal da Avenida Agamenon Magalhães permaneceram acesas nesta tarde (as fotos acima comprovam). O mesmo aconteceu no ano passado e foi denunciado pelo Blog de Jamildo. Atenção pessoal da PCR, vamos evitar o desperdício.

Blog de Jamildo

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Dengue cresce 372% no Recife

Casos confirmados da forma clássica da doença cresceram 372% entre 2007 e 2008, segundo balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde.

Wagner Sarmento

wsarmento@jc.com.br

O número de casos confirmados de dengue cresceu 372% no Recife entre 2007 e 2008. Balanço divulgado, ontem, pela Secretaria Municipal de Saúde revelou que, do início de janeiro a 15 de outubro deste ano, foram comprovados 3.162 registros da doença, contra 670 no mesmo período do ano passado. As notificações sofreram aumento de 161%, passando de 3.233 para 8.453. O Ministério da Saúde (MS) alertou que os prognósticos para 2009 são ainda piores.

“O aumento se observou não só aqui, mas no Brasil todo. A cidade apresenta condições favoráveis para proliferação do mosquito. Os números só não foram maiores por causa das medidas que tomamos para frear o avanço da doença”, ponderou a secretária Tereza Campos.

Nos últimos meses, no entanto, os registros de pessoas acometidas por dengue têm caído. Em agosto, a PCR confirmou 36 casos. O número despencou para quatro em setembro. Até a semana passada, nenhum caso havia sido comprovado em outubro. A queda, porém, não permite comemorações, garantiu Tereza. “É natural essa tendência de redução. O aumento nos casos começa em janeiro e chega ao pico nos meses seguintes. No meio do ano, o índice cai”, explicou.

Segundo ela, os ovos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, duram até um ano e eclodem sobretudo no período do inverno, quando há maior alternância entre sol e chuva. “A gente não pode dar trégua ao mosquito. As ações precisam continuar. É preciso reforçar a importância da população nesse processo”, frisou.

A secretária municipal participou de duas reuniões recentes no MS para traçar estratégias de combate à dengue para o ano que vem. O Recife será uma das cidades contempladas com nova armadilha para capturar o mosquito adulto, chamada de mosquitrap. O ministério ainda vai definir quando os equipamentos chegarão à capital pernambucana e quais os bairros contemplados. Com 584 notificações este ano, a Várzea, Zona Oeste, lidera o ranking das localidades. Outro projeto federal a ser implementado no Recife é um novo teste que diagnostica a doença em 15 minutos e identifica o sorotipo em circulação.

“O cenário para o próximo ano é preocupante. Existem quatro tipos de vírus e um deles ainda não entrou no Brasil. Nada garante que ele não chegará. Temos que nos preparar. O cerco montado contra o mosquito tem que ser maior e o sistema de saúde precisa estar preparado para atender a população”, observou Tereza Campos.

A gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Adriana Regina Lucena, disse que Pernambuco vai receber, ainda este mês, R$ 7,4 milhões do MS. O Estado tem 38 municípios na lista de prioridades do programa nacional de combate à dengue. “Já estamos traçando as estratégias para 2009. O momento é ideal. O ministério revelou que existe o risco de uma epidemia de dengue do tipo 2. Aqui há uma suscetibilidade grande. Com a identificação precoce de focos da doença, fica mais fácil vencer o problema”, declarou.

A cada 15 dias, a PCR promove a troca de 2,5 mil ovitrampas, armadilhas para coletar ovos do mosquito, espalhadas pela cidade. No bairro da Várzea, os agentes de saúde ambiental visitaram 295 residências. Ninguém da família da dona de casa Maria José Feitosa, 73 anos, contraiu dengue até hoje.

Consciente da importância da prevenção, a moradora da UR-7, na Várzea, faz sua parte. “A cisterna vive fechada. Afinal, quem não tem medo dessa doença?”, indagou. Ação realizada na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) eliminou 43 focos e 56 depósitos de dengue.

http://jc.uol.com.br/jornal/2008/10/23/not_304595.php

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Motoristas em greve tomam chaves de ônibus e furam pneus

Por volta das 10h30 desta sexta-feira (20), um grupo formado por 20 a 30 motoristas de ônibus, que estão em paralisação de 24 horas desde a 0h, causou tumulto na Avenida Cruz Cabugá, em Santo Amaro, na Zona Norte do Recife.

Alguns ônibus que trafegavam no sentido cidade-subúrbio foram parados pelos manifestantes, que invadiam os coletivos, tomavam as chaves dos condutores e furavam os pneus dianteiros. A pista ficou interrompida.

Na confusão, um dos passageiros reagiu, criando princípio de tumulto. Um tiro foi dado para o alto, mas ainda não se sabe quem o disparou. Durante a confusão, sete ônibus foram parados e três deles tiveram os pneus furados.

O 16º Batalhão da Polícia Militar foi ao local para controlar a confusão. Segundo a polícia, os manifestantes pareciam alcoolizados. Eles não foram detidos. Esse mesmo grupo de motoristas teria, ainda nesta manhã, realizado o mesmo tipo de manifestação na Rua Siqueira Campos, no Centro do Recife.

A paralisação, decidida nessa quinta à noite, está prevista para terminar à meia-noite e deixa sem transporte um contingente de quase 1,7 milhão de pessoas no Grande Recife.

http://jc.uol.com.br/2008/06/20/not_172020.php

Motorista de ônibus faz greve de um dia

Após exaustiva negociação entre os Sindicatos das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco (Setrans) e dos Trabalhadores Rodoviários, realizada ontem à tarde no Ministério do Trabalho, no Espinheiro, Zona Norte do Recife, motoristas de ônibus, cobradores, fiscais de linha e mecânicos de coletivos resolveram cruzar os braços por 24 horas. Da 0h de hoje até a 0h de amanhã, não haverá circulação de ônibus na Região Metropolitana do Recife (RMR).

A categoria reivindica reajuste salarial de 12,8%, mas os donos de empresas ofereceram apenas 4%, divididos em duas vezes. A paralisação de advertência deve prejudicar aproximadamente 1,7 milhão de usuários que circulam todos os dias em coletivos do Grande Recife. Os motoristas informaram que os trabalhadores que furarem o movimento serão retirados à força dos ônibus.

Uma nova reunião entre os dois sindicatos deve acontecer na próxima quarta-feira. Se não houver avanço nas negociações, os trabalhadores prometem parar por tempo indeterminado.

Assim que decidiram pela greve de advertência, vários cobradores e motoristas de ônibus saíram em passeata, por volta das 18h40. Eles andaram pela Avenida Agamenon Magalhães até a Praça do Derby, rumaram para a Conde da Boa Vista até a Avenida Guararapes, onde o movimento foi dispersado. Houve grande congestionamento. ”Nosso movimento é pacífico. Estamos fazendo essa passeata para avisar à população e aos motoristas que não haverá ônibus na sexta-feira (hoje). Sabemos que isso ocasiona transtorno, mas não podemos ficar com esse reajuste irrisório”, disse Patrício Magalhães, presidente do Sindicato dos Rodoviários.

Durante a caminhada, o clima ficou tenso no cruzamento da Conde da Boa Vista com a Rua do Hospício. Um motorista de ônibus tentou dar a volta e gerou revolta dos manifestantes, que, por pouco, também não entraram em conflito com batedores da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU).

As opiniões de usuários que enfrentaram o congestionamento se dividiam, mas a maioria criticava o movimento. “Todos têm direito de reivindicar, mas eles precisam saber que vão prejudicar muita gente. Moro em Candeias (Jaboatão), trabalho no Espinheiro. Todos os dias, utilizo quatro coletivos. Meu patrão não vai querer saber que não tem ônibus, mas infelizmente não vou trabalhar”, reclamou a assistente administrativa Azenate Gomes. “Se não tiveram o aumento desejado, eles devem reivindicar mesmo. É bom que não vou trabalhar. Fico descansando”, disse uma auxiliar de enfermagem, que não quis ser identificada.

http://jc.uol.com.br/jornal/2008/06/20/not_287044.php

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Prefeitura foi alertada para risco de muro que matou idosa

A aposentada Severina Gonçalves de Andrade, 72 anos, proprietária da casa no Alto José Bonifácio, Zona Norte do Recife, cujo muro desabou, na manhã de segunda-feira, matando uma senhora de 66 anos, informou que a Prefeitura do Recife havia sido alertada para o perigo desde 2004. Para comprovar o que estava dizendo, a dona de casa mostrou um ofício em que um vereador da área, a pedido dela, requer intervenção urgente do poder municipal para recuperar o muro por existir grande risco de desabamento.

Severina conta que, depois do requerimento, equipes da Coordenadoria de Defesa Civil do Recife (Codecir) estiveram duas vezes no local e constataram rachaduras no muro de tijolo. “Não posso ser culpada de nada. Esse muro foi construído na gestão de Augusto Lucena (década de 70). Em 2004, sabendo do risco, nós fizemos o alerta. Os técnicos vieram aqui, disseram que realmente havia risco, mas a prefeitura não tomou providências. Era para derrubar e fazer outro.”

A dona de casa contou que havia chamado a atenção de Elizete Batista de Freitas, que morreu após o desabamento. “Ela estava morando na casa há pouco mais de um ano. Quando veio para cá, informei que o muro estava com problema e que a prefeitura estava sabendo. O grave é que nada foi feito e ocorreu essa tragédia.”

Na manhã de ontem, a área estava isolada. No entanto, vizinhos não respeitaram a determinação e reviraram escombros em busca de objetos. “Tem muita gente que quer roubar fio para vender”, disse um vizinho. Um dia após o acidente, moradores do Alto José Bonifácio estavam assustados. “A gente mora aqui porque é o jeito. Quando a chuva chega forte temos que rezar para não acontecer nada”, diz a dona de casa Maria Santana Lima, 42.

O garoto João Marcos da Silva, 10, neto da aposentada Elizete de Freitas, que sofreu traumatismo craniano no acidente, recebeu alta do Hospital da Restauração (HR). O corpo da aposentada foi sepultado, na tarde de ontem, no Cemitério de Casa Amarela, Zona Norte. Familiares da vítima não quiseram falar sobre o assunto e não autorizaram fotografias.

Na madrugada de ontem, a chuva intensa derrubou parte de uma casa na Avenida Chagas Ferreira, na Linha do Tiro, Zona Norte. O comerciante Josemar Vieira da Silva, 32, dono da casa, sofreu escoriações. No momento do desabamento, havia seis pessoas no local. “Tivemos muita sorte. Minha avó estava dormindo na sala, justamente onde ocorreu o acidente. Ela não sofreu nada”, contou.

Na tarde de ontem, Josemar informou que ligou várias vezes para a Codecir, mas, ninguém havia aparecido no local. “Pago meus impostos em dia e não recebo nenhum tipo de assistência. Ligamos muito para a Defesa Civil e nada.”

Na Várzea, a dona de casa Luzia Nascimento também reclamou da lentidão. Segunda-feira, uma pequena barreira deslizou em frente a sua casa. “Minha residência sofre risco. Ligamos para a Codecir, mas ninguém apareceu. Vou continuar aqui. Não tenho o que fazer”, avisou.

A Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), por meio da assessoria de imprensa, comunicou que a Codecir esteve no local, no entanto, constatou que não havia risco iminente de desabamento do muro. A assessoria informou que a prefeitura lamenta a morte da aposentada. A família da vítima foi incluída no programa de auxílio-moradia. A PCR salientou que, desde 2001, investiu R$ 280 milhões em ações preventivas e educativas em morros.

ANTENA

A ventania de ontem causou acidente no Espinheiro, Zona Norte, às 12h. Um pedaço da antena de transmissão da Rádio Transamérica, na Rua Marquês de Paraná, caiu, atingindo o telhado da emissora. Ninguém se feriu. A rádio está fora do ar e só deve voltar ao normal hoje à noite.

Vizinhos reclamam que a antena está mal colocada. “Todos estão com medo de que isso vire”, disse a dona de casa Germana Barbosa, 58. A torre tem 77 metros. A peça que desabou ficava no topo.

http://jc.uol.com.br/jornal/2008/06/18/not_286720.php

Recife possui 39 pontos de alagamentos

A cada inverno, o cenário é o mesmo. Os dramas e alagamentos se repetem. Para qualquer recifense conhecedor da cidade, é possível indicar, sem sair de casa, os locais que ficam repletos de água. A capital tem hoje 39 pontos de alagamentos considerados críticos, segundo levantamento da prefeitura. São lugares que enfrentaram, por anos e anos, a conseqüência da falta de infra-estrutura do sistema de drenagem.

Ruas e avenidas que se transformam em mar porque a água não tem para onde escoar. Quando existe drenagem, na maioria dos casos, as canaletas estão obstruídas. Pontos que até sofreram algum tipo de intervenção por parte do município, mas sem resultados positivos diante de precipitações pluviométricas intensas.

Exemplos não faltam na cidade. A Avenida Caxangá, na Zona Oeste, sob o viaduto da BR-101, tem problemas há mais de 20 anos. Com a chuva de anteontem, o local virou um mar, obrigando os carros a trafegar na faixa exclusiva de ônibus, também alagada. O vendedor Carlos Silva, 49, contabiliza prejuízos quando chove há pelo menos 11 anos. “Nunca foi feito nada por aqui. No máximo, desobstruem algumas canaletas e vão embora”, afirma.

Outro ponto histórico de alagamentos, o bairro de Jardim São Paulo, nas imediações da Avenida Recife, ficou tão alagado, anteontem, que para sair do bairro os motoristas trafegaram na contramão.

A intensa chuva de segunda-feira mostrou que os alagamentos da cidade são os mesmos de sempre e que as poucas intervenções feitas até agora não conseguiram resolver antigos problemas.

A Rua Conselheiro Portela, no Espinheiro, Zona Norte do Recife, é um exemplo. No ano passado, a prefeitura construiu um minirreservatório na Rua Santo Elias, transversal da Conselheiro Portela, mas não acabou com os alagamentos na área. “Criamos expectativa quando as obras foram concluídas, só que foi em vão. Com qualquer chuva tudo alaga do mesmo jeito e, no meu caso, o faturamento é zero. A única diferença é que agora a água escoa mais rápido”, critica Rafael Gomes, gerente de um posto instalado na esquina das duas vias.

O assessor executivo da Secretaria de Serviços Públicos do Recife, Antônio Valdo, afirma que o município investiu quase R$ 25 milhões em obras estruturadoras do sistema de drenagem, mas pondera que essas intervenções nunca serão suficientes conforme a intensidade das chuvas. “As precipitações de segunda-feira, assim como as do dia 31 de março, foram atípicas. E a eficiência de um sistema de drenagem está diretamente ligada à capacidade do curso da água”, explica.

Além dos transtornos, os alagamentos provocam o desgaste precoce do pavimento das ruas e avenidas, aumentando os buracos. Na Avenida Norte, em Santo Amaro, área central do Recife, uma seqüência de crateras tem assustado motoristas e provocado estragos nos veículos. A via encontra-se em obras, mas segundo moradores da área, há uma semana os buracos surgiram e, a cada chuva, aumentam mais.

http://jc.uol.com.br/jornal/2008/06/18/not_286721.php